domingo, 13 de março de 2011

O tempo e o fazer musical.


    A música sempre teve um grande papel importante para a sociedade, sendo um veículo exclusivamente pra expressar emoções e divulgação de informações. A música clássica em séculos passados era restrita para a burguesia,  suas atrações não eram de forma popular, devido ao status social da época.
   Ao passar das grandes guerras e revoluções que mudaram o mundo, a música foi se modificando e se caracterizando a cada época vivida. Um exemplo simples aqui no Brasil era o da ditadura militar com o Tropicalismo, que denunciava o aprisionamento da expressão e a repressão dos generais e nos anos 70 os Hippies protestavam contra os conflitos mundiais e buscavam a paz no planeta.
   Depois desses grandes acontecimentos estamos em 2011, e como será que o fazer musical hoje se comporta? Infelizmente na maior parte o papel dela se inverteu. Atualmente a música é utilizada como forma de alienação e anúncio. Fica evidente a péssima produção musical no cenário artístico, basta uma mulher dançar semi-nua e ter os padrões de beleza adquiridos que o sucesso é na certa. Os jovens vão ao delírio quando um bando de babacas berram no palco com roupas coloridas reclamando da menina que não quis namorar com ele. As propagandas invadem todos os lugares, os artistas aproveitam o CURTO sucesso para mais anunciar do que cantar, e o fazer da música vai se transformando em fazer negócio.
   Não sei como vai ser daqui pra frente, sei que não vai ser mais como antes, mas espero que melhore bastante. Não há desculpa em dizer que o acesso a cultura é caro, com a pirataria os CDs baratearam seus preços, a Internet nos proporciona à diversidade de buscas e temos grandes concertos gratuitos para a população. Valorize aquilo que é ETERNO!

Um comentário:

  1. Grande Digo - Sorriso!
    Ou, segundo Paulo Rogério, Risadinha! KkKKkkK

    Peço licença.
    Meu primeiro contato com o Blog, mas já quero ser "chato"!! ^^
    Gostei muito das ideias e quero fazer algumas outras indagações, pontos de vista:

    "exclusivamente pra expressar emoções e divulgação de informações" - será que exclusivamente mesmo?! A música há bastante tempo também já fora produzida (como também fora, entre outras, a pintura) a fins comérciais. Me refiro à épocas em que só quem tinha um pouco mais de dinheiro podia ter Arte em casa (Como já foi mensionado na postagem). Então, esta Arte era feita por encomendas, o que poderia, de certa forma, "corromper" essas "emoções e informações" - não negando demais possibilidades.
    Acho que seria melhor a utilização do termo música 'Erudita' em vez de música 'Clássica', pois esta última remete a música de estilo predominante no século XIX (inclui-se Haydn, Mozart...)
    Nas proximidades dos anos 70, começou a se desenvolver a Indústria Cultural - a cultura foi vista como mais uma fonte de lucro, rentável.
    Assim veio comendo pela beira e tomou conta: hoje, o que se tem de mais conhecido (existem exceções) é o comerciável. Então, muito resumidamente, pelas exceções, acho que não é interessante dizer que atual produção musical "se inverteu"... ainda assim, muita alienação e anúncio. O nosso atual underground musical está repleto de experimentais e tradicionais de qualidade, dignificantes... ainda assim, no underground.
    Os padrões de beleza; o autoritarismo; o Sexismo e a subliminaridade [você viu a ornamentação do Recife Antigo - QUE TANTO AMO -deste ano? Só havia mulheres (afro e daqui) dançando/prestigiando/se enxerindo pra o estrangeiro (português ou outro...)]; e demais repressões são SIM muito fortes.
    Propaganda voraz demais. Sempre digo:
    - Patrocínio que protege o símio,
    PROPAGANDA que propaga a praga.

    Realmente "não vai ser como antes", pois, como você mesmo postou aqui, "a música foi" - e VAI - "se modificando e se caracterizando a cada época vivida".
    É isso aí. 8]

    E queria deixar uma última reflexão:
    O que seria "ETERNO"? ^^

    Acho que devemos, mais do que afirmar (não excluindo o criticar), fazermos provocações reflexivas - problematizar -, pois talvez aqueles "curtos gritos coloridos" exprimam algo útil pra alguém. Concordo de uma ponta a outra desta tua postagem!
    Lerei outras mais em outra hora.
    Um forte abraço, parceiro.


    Alisson Henrique,
    Licenciando em História.
    Jaboatão dos Guararapes - PE.

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